Mais perto, para lá da muralha de gelo que se estende a norte, uma força misteriosa manifesta-se de maneira sobrenatural. E quem vive à sombra da muralha não tem dúvidas: os Outros vêm aí e o que trazem com eles é bem pior do que a própria morte...
Ainda mais perto, na Corte, as conspirações continuam. O ódio entre as várias Casas aumenta e desta vez o sangue mancha os degraus dos palácios e o veludo dos cadeirões dourados. E quando parece que nada poderia piorar, o rei é ferido mortalmente numa caçada. Terá sido um acidente ou um assassinato? Seja como for, uma coisa é certa: a guerra civil vem aí!
A minha opinião: O primeiro livro desta saga é, sem dúvida, brilhante e muito promissor.
À semelhança da primeira metade do livro, esta segunda parte não me desiludiu e manteve a qualidade da primeira.
É difícil escrever quando gostamos tanto de um livro. Pessoalmente, penso que o ponto mais positivo deste livro/série é o facto de ser uma fantasia diferente. Apesar do género ser inconstatavelmente fantasia, pois o mundo no qual se desenrola a acção é fictício e existem alguns elementos irreais, tudo o resto podia perfeitamente ter lugar na era medieval, e aliás é assim que o imagino. Desta forma, parece que todos os géneros se encontram condensados na história. Eu achava que isto era pouco provável, antes de lê-lo, mas é possível. E isso confere uma qualidade única: temos aventura, temos fantasia, temos política, temos mistério, temos tudo escrito de uma maneira que nos prende e dificilmente larga... Apesar de, por vezes, me fazer lembrar a saga de Paolini (Eragon, Eldest, Brisingr) por ser o género mais parecido a estes livros que conheço, e sem querer ofender os fãs de Paolini, gosto muito mais da saga de Martin.
Outro ponto muito positivo são as personagens. Que personagens! Não são estereotipadas ou algo do género. Cada uma é feita de um conjunto de traços únicos que fazem com que se assemelhe a algo da vida real, não aos clichés da esposa indefesa ou o senhor em que a honra esteve sempre acima de tudo o resto. Cada uma comete erros, erros esses que personagens daquele estereótipo não poderiam cometer. É impossível não gostar das mesmas. Durante este livro, surpreendi-me com a maioria delas.
Apenas tenho a apontar que, por vezes, a leitura foi um pouco densa na parte das tácticas militares e outros aspectos políticos. No entanto, isso deve-se ao meu interesse um pouco mais baixo pelas cenas de guerra e penso que, para quem goste, não será aborrecido nem por um segundo.
Classificação: 8/10 - Muito Bom