segunda-feira, 29 de março de 2010

A Guerra dos Tronos, George R. R. Martin

Sinopse: Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de tragédia, conspiração e morte. Durante a estadia, o rei convida Eddard a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei. Este aceita, mas apenas porque desconfia que o anterior detentor desse título foi envenenado pela própria rainha: uma cruel manipuladora do clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de o proteger da rainha. Mas ter os Lannister como inimigos é fatal: a ambição dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia! Sozinho na corte, Eddard também se apercebe que a sua vida nada vale. E até a sua família, longe no norte, pode estar em perigo.
Uma galeria de personagens brilhantes dá vida a esta saga. Entre eles estão o anão Tyrion, a ovelha negra do clã Lannister; John Snow, um bastardo de Eddard Stark que, ao ser rejeitado pela madrasta, decide juntar-se à Patrulha da Noite, uma legião encarregue de guardar uma imensa muralha de gelo a norte, para lá da qual cresce uma assustadora ameaça sobrenatural ao reino. E ainda a princesa Daenerys Targaryen, da dinastia que reinou antes de Robert Baratheon, que pretende ressuscitar os dragões do passado e, com eles, recuperar o trono, custe o que custar.

A minha opinião: Era impossível eu não gostar deste livro. Além de ser uma grande fã de fantasia, adoro histórias com bastante acção e variedade de personagens. E, apesar de todas as críticas que vi nos blogs que sigo e da opinião de pessoas que conheço, de todas elas serem mais que favoráveis, consegui ainda surpreender-me com a qualidade da história.

Passando a parte inicial de memorizar as personagens e respectivas descrições (infelizmente tendo a imaginar personagens muito diferentes fisicamente do que era suposto, principalmente neste género, mas sendo este o primeiro livro duma saga não dá muito jeito), gostei bastante do mundo criado por George R. R. Martin. Como disse anteriormente, as personagens são muito diferentes umas das outras e tem personalidades muito interessantes, destacando-se traços psicológicos, no mínimo, curiosos. Penso que vou surpreender-me com algumas personagens, como Catelyn, Arya, o anão Tyrion, John Snow e Eddard.

Visto que ainda só li metade do livro original, vou deixar o meu comentário completo quando acabar A Muralha de Gelo. No entanto, posso dizer, com toda a certeza, que esta vai ser uma série que vou acompanhar durante muito tempo e que não me desiludiu nem por um segundo, mesmo que as expectativas estivessem mais do que altas.

Foi excelente conhecer este mundo.

terça-feira, 16 de março de 2010

Caim, José Saramago

Sinopse: Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que o de Caim. Por causa da sua fé, Deus considerou-o seu amigo e aceitou com agrado as suas ofertas. E é pela fé que Abel, embora tenha morrido, ainda fala. (Hebreus, II, 4)


A minha opinião: Sem palavras. É difícil transmitir qualquer tipo de emoção. Apesar do livro estar rodeado delas.

A minha opinião? Extremamente difícil. Quer Caim, quer José Saramago, foram alvo de diversas críticas, especialmente da Igreja Católica,algo compreensível. O mesmo se sucedeu com o Evangelho Segundo Jesus Cristo.

Apesar de todos os comentários, Caim é um livro fantástico.
Um rasgo no céu. Uma luz no escuro. Um visão moderna, justa e sobretudo sem qualquer tipo de ilusões. Um perspectiva fora do comum, mas perfeitamente encaixada no quadro da normalidade.


Mil perdões, se vou contra qualquer tipo de ideia ou ideal, mas para mim Caim de José Saramago é a nova Bíblia.
Excelentes leituras!

Classificação: 9/10 - Excelente

sexta-feira, 12 de março de 2010

Por quem os sinos dobram, Ernest Hemingway

Sinopse: Neste livro de Hemingway, por muitos considerado a mais monumental, complexa e profundamente humana das suas obras, o leitor encontra não só um documentário imparcial de uma luta trágica que marcou um dos momentos de consciência do nosso tempo, mas, acima de tudo, quanto a Hemingway ao longo da sua obra tem sido mais caro: a piedade, o heroísmo, o amor das responsabilidades livremente assumidas e a sua paixão pela Espanha, de que tem sido um dos mais atentos intérpretes estrangeiros. Na sua linguagem simples e nua, não há situação difícil, sentimento delicado, assomo de coragem, caracterização típica, que não atinjam uma riqueza e uma compreensão humana das mais belas da literatura contemporânea. Moralista no mais alto sentido da palavra, artista consumado, repórter das mais subtis ou das mais violentas reacções humanas, Hemingway aqui patenteia essas qualidades que lhe mereceram a mais elevada consagração da literatura: o prémio Nobel.

A minha opinião: Já queria ler este livro há bastante tempo. No entanto, só arranjei a oportunidade quando me encontrei a pesquisar sobre a Guerra Civil Espanhola e lembrei-me que esta poderia ser uma boa leitura nessa semana.

Se por um lado, posso dizer que gostei do relato da guerra (afinal, sendo Hemingway um jornalista, isto devia ser fácil para ele), por outro, a escrita, seca, não me agarrou nada, ainda que este não fosse de todo um livro de leitura compulsiva.

Para o propósito, ler este livro revelou-se bastante bom, aprendi imensas coisas sobre esta época, gostei bastante das personagens e houve vários aspectos focados que achei muito interessantes. Ainda assim, senti que faltava alguma coisa na história, o que fez com que não pudesse desfrutar completamente deste clássico.

Por quem os sinos dobram, é sem dúvida um bom relato a ler, mas no que me diz respeito, desiludiu-me um pouco no resto.

Classificação: 7/10 - Bom